Diego Forlán garante troféu

O Atlético de Madrid venceu a edição inaugural da UEFA Europa League, ao bater na final de Hamburgo o Fulham, por 2-1, após prolongamento. Diego Forlán foi a figura do encontro, ao apontar os dois tentos colchoneros, o último dos quais aos 116 minutos.


Com a Hamburg Arena completamente esgotada, Atlético e Fulham sentiram a responsabilidade do encontro e demoraram algum tempo a encontrarem o seu ritmo. E foi preciso um erro para surgir a primeira oportunidade de golo, decorria o minuto 12. O Fulham perdeu a bola no seu meio-campo e a dupla atacante do Atlético entrou de imediato em acção, com Sergio Agüero a servir Diego Forlán e o avançado uruguaio a rematar cruzado com o pé esquerdo, levando o esférico a bater no poste antes de o mesmo sair pela linha final.
O Fulham lidava mal com a pressão alta do adversário e sentia muitas dificuldades para se acercar com perigo da baliza defendida pelo jovem David de Gea. José Antonio Reyes obrigou, aos 16 minutos, o guardião Mark Schwarzer a uma atenta defesa na marcação de um livre directo, sendo preciso esperar mais quatro minutos pelo primeiro remate à baliza do Fulham, obra de Simon Davies. No entanto, esse momento não "libertou" a equipa inglesa, que viria mesmo a ser punida aos 32 minutos pela inibição demonstrada no relvado.


Simão assistiu Agüero e este tentou de pronto o remate de fora da área, com o dianteiro argentino a acertar mal na bola mas a fazer com que esta seguisse no caminho de Forlán, que desviou para o fundo da baliza. A vantagem dos colchoneros durou apenas cinco minutos, já que o Fulham revelou mais uma vez o porquê de ter chegado à sua primeira final de sempre. Bobby Zamora, sempre muito difícil de parar, deu início a um lance que culminou com o cruzamento de Zoltán Gera para o remate de primeira e certeiro do médio galês Simon Davies.
O golo do empate e o intervalo pareceram fazer bem ao Fulham, que regressou dos balneários bem mais pressionante e preciso nos seus passes. Gera iludiu a armadilha do fora-de-jogo aos 52 minutos, mas adiantou em demasia a bola quando seguia isolado e permitiu a intervenção de De Gea. Contudo, a formação orientada por Roy Hodgson sofreu um revés três minutos volvidos, quando Zamora teve de ser substituído por Clint Dempsey, devido a problemas físicos. Apesar disso, foi Davies a ficar muito perto de bisar aos 60 minutos, quando viu De Gea negar-lhe o golo com uma excelente defesa.


O Atlético pressentiu o perigo e tratou de voltar a "entrar" no encontro, muito por culpa de Forlán, esta noite uma autêntica dor de cabeça para a defesa inglesa. Quique Flores, treinador do Atlético, trocou Simão por José Manuel Jurado aos 68 minutos e a verdade é que o conjunto espanhol foi, aos poucos, tomando conta das operações, perante um Fulham cada vez mais apostado no contra-ataque. Pese embora a pressão colchonera, a igualdade prevaleceu e obrigou ao recurso a um prolongamento.
Os 30 minutos suplementares ofereceram mais do mesmo, com o cansaço das duas equipas a entrar igualmente em cena e a originar muitos passes errados de parte a parte. Schwarzer revelou atenção na sequência de um perigoso cruzamento-remate de Forlán, com o uruguaio a construir outra excelente oportunidade em cima do intervalo, mas Eduardo Salvio e Agüero falharam a conclusão. Mas estava escrito que seria o Atlético a fazer a festa, com Agüero a revelar toda a sua técnica a quatro minutos do apito final, antes de proporcionar o desvio vitorioso do inevitável Forlán. Estava garantida a conquista do segundo troféu europeu e o primeiro desde 1962, quando a equipa espanhola venceu a Taça das Taças.

7 Response to "Diego Forlán garante troféu"

  1. Bruno quarta-feira, maio 12, 2010
    Esta coisa dos prognósticos não é para mim, erro sempre. Apostei nos ingleses, ganharam os espanhois.
    Vou começar a apostar ao contrário.
    O atlético mereceu ganhar, foi superior.
    A imagem do Hodgson a cumprimentar os seus jogadores e todos os restantes intervenientes no final, fantástica. Um verdadeiro gentleman.
  2. Fábio Silva quarta-feira, maio 12, 2010
    Caro Bruno, Roy Hodgson é um senhor, na verdadeira acepção do termo.
    Uma cultura completamente distinta daquela que se vê por cá.

    Abraço
  3. Anónimo quarta-feira, maio 12, 2010
    Ao olhar para o que foi esta final, tenho a certeza que o GLORIOSO conseguia vence-la. Tenho pena, era uma oportunidade unica.
  4. Anónimo quarta-feira, maio 12, 2010
    Roy Hodgson no porto já!
  5. Anónimo quarta-feira, maio 12, 2010
    Vitória merecida do Atl.Madrid foi superior apesar do esforço do Fulham.Para além disso os espanhois poderam contar com um Forlán numa grande forma marcando golos decisivos.

    Saudações desportivas
    http://onossofuteb0l.blogspot.com
  6. Fábio Silva quinta-feira, maio 13, 2010
    Ao "Anónimo" das 23:50, você fez-me rir, no bom sentido... claro.
    Não acredito que nenhum técnico, empregado, em Inglaterra, aceite trabalhar no nosso país, era muito surrealista.

    Cumprimentos
  7. Anónimo quinta-feira, maio 13, 2010
    Concordo contigo Fábio, primeiro o seu salário astronómico como qualquer treinador inglês o que seria impensável pra cada um dos três grandes, agora passando ao jogo em si, eu torci pelo Atlético que foi superior ao Fulham.