Carlos Carvalhal despede-se com vitória
A noite no Estádio do Mar foi de despedidas. O Leixões, três épocas depois, regressa ao escalão secundário. Carlos Carvalhal, que mereceu aplausos dos poucos adeptos leoninos nas bancadas, disse adeus ao comando técnico do Sporting. Com uma vitória. Precisamente num desafio frente à equipa com a qual conseguiu o seu primeiro grande êxito como treinador - na temporada de 2001-02, quando levou os homens de Matosinhos, na altura a disputarem a II Divisão B, à final da Taça de Portugal, onde foram derrotados pela equipa de Alvalade. No Leixões, Castro Santos também está de partida. A contratação do técnico espanhol para o lugar de José Mota, de resto, revelou-se um verdadeiro disparate.
Os adeptos de ambas as equipas tiveram apenas dois motivos de satisfação com este jogo. Primeiro, o facto de ter chegado ao fim o tormento em que se transformou este campeonato. Depois os golos. O pormenor delicioso de Pedro Silva, concluído por Miguel Veloso, e o grande golo do lateral brasileiro (55’) depois de uma boa combinação ofensiva do Sporting. Perto do final, aos 83’, o golo do Leixões, com um grande passe de Cauê, com João Paulo a aproveitar a passividade dos centrais de Alvalade para fazer um bonito golo.
Pedro Silva foi aquele que melhor aproveitou a oportunidade que Carvalhal concedeu a alguns dos elementos menos utilizados. O técnico não contou com Liedson, João Pereira, Carriço ou Izmailov. Mas teve no brasileiro, que surgiu como médio direito, uma agradável surpresa. Um herói improvável. O brasileiro realizou uma jogada notável, aos 16’: tirou dois adversários do caminho, entrou na área e ofereceu a bola a Miguel Veloso que encheu o pé. Depois, na segunda parte, teve aquele tiro à entrada da área com o pé esquerdo, ele que não é esquerdino, que não deu hipóteses a Berger. Existiram ainda um ou outro pormenores de qualidade. Como o passe de Miguel Veloso, aos 42’, a libertar Yannick que cometeu o disparate de oferecer o golo a Grimi. O remate, claro, saíu ao lado.
Dois golos de vantagem, numa partida em que nenhuma das equipas jogou bem, mas que teve um Sporting que mostrou sempre mais segurança e capacidade para criar perigo junto da baliza ontem defendida por Berger.
Uma tarefa que, de resto, não se apresentou complicada frente a um Leixões já despromovido e sem moral. Mesmo assim conseguiu alguns cruzamentos interessantes. Teve um golo anulado logo no início (3’) por falta de Pouga sobre Tonel e logo a seguir (4’) uma outra jogada em que o camaronês se queixou de ter sido agarrado na área por Polga. Depois, só no final, conseguiu aproveitar os disparates defensivos da equipa forasteira. Fonte
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